Enfim posso tirar o Rush da lista de shows imperdíveis que me faltam antes de passar dessa pra uma melhor. A turnê do Rush in Rio passou por terras brasilis e passei em branco jurando que se houvesse outra oportunidade, lá estaria. Pois bem era chegada a hora.
Para uma véspera de feriado esperava muito mais transtorno para chegar ao estádio do Morumbi, cuja localização não é nada favorável em termos de transporte. Devido a essa expectativa, tenho que fazer uma menção honrosa ao serviço de translado que saiu do WTC pois, cheguei no horário e sem contratempos ao estádio. Ingresso na mão, cerveja gelada... vamos ao show.
Entre outras coisas boas que percebi durante um mês de intercâmbio por terras canadesas foi a pontualidade e qualidade dos serviços prestados. O Rush manteve minha percepção positiva fazendo um show de qualidade iniciado pontualmente às 21:30 hrs. O estádio não estava cheio como na edição anterior. Li depois que somente 38 mil pessoas contemplaram a apresentação da banda. Uma pena de fato.
Um filme bem humorado de introdução da turnê mostrava a banda às voltas com uma máquina do tempo. Durante a execução do vídeo lembrei do seriado Voyage, seriado cujos protagonistas viajavam no tempo que passava no SBT nos domingos, antes do Macgyver que passava na Globo (seriado esse com trilha sonora dos véinhos em questão).
Como esperado, o show é iniciado com The Spirit of Radio muito bem executada e seguida da bela Time Stand Still. Com desafinação insignificante na voz de Geddy Lee, seguem-se Presto e Stick It Out, esta última umas das mais esperadas por mim no show. O som estava cristalino e perfeitamente audível o que vem de encontro a fama da banda em prezar pela qualidade impecável para deleite dos fãs. Seguiu-se o pacote de músicas novas, quando entram Freewill, Marathon e a introdução inconfundível de Subdvisions. Que bela música é Subdivisions ainda mais ao vivo. Após isso, anunciou-se uma pausa para a idade avançada da banda.
Eis que então seguiu-se na volta um delírio sonoro do trintagenário Moving Pictures: Tom Sawyer com a clássica virada de bateria de Neil Peart, Red Barchetta, Limelight, The Camera Eye, Witch Hunt, Vital Signs e YYZ. Quando o show havia chegado em Limelight, me dei por satisfeito e entendi que os insultos que recebi por não ter comparecido na edição anterior eram totalmente merecidos. Dali em diante parceiro, tudo que viesse era bônus. Mas aí Neil Peart manda um solo de bateria que me fez refletir e agradecer por estar vivo e presenciar aquilo. Sempre sério e impecável o cara solou por 8 minutos... 8 minutos! Cara, quanta coisa ruim pode acontecer em 8 minutos, e o cara pintou esse tempo de ouro. Sem palavras para descrever Neil Peart.
A viagem terminou com as grandes La Villa Stragiato e Working Man depois de ter passado por Temple of Syrix e Closer to the Heart. Confesso que não gosto muito de Closer to the Heart. Respeito quem goste e o efeito que gera na galera mas a trocaria por Red Sector A. Bom fim de show com direito a mais um vídeo cômico e a sensação de dever cumprido. Extasiado nem percebi que tinha perdido minha carteira de motorista. Transtorno? Nada... as 3 horas de show do Rush na memória compensam fácil até 1 mês de fila do Poupatempo.
Hail to Heavy Crew,
Stein
Set List
Primeira Parte
1. The Spirit Of Radio
2. Time Stand Still
3. Presto
4. Stick It Out
5. Workin' Them Angels
6. Leave That Thing Alone
7. Faithless
8. BU2B
9. Freewill
10. Marathon
11. Subdivisions
Segunda Parte
12. Tom Sawyer
13. Red Barchetta
14. YYZ
15. Limelight
16. The Camera Eye
17. Witch Hunt
18. Vital Signs
19. Caravan
20. Drum Solo
21. Closer To The Heart
22. 2112 Part I: Overture
23. 2112 Part II: The Temples Of Syrinx
24. Far Cry
Bis
25. La Villa Strangiato
26. Working Man
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