sábado, 25 de dezembro de 2010
Review: Big Four Sonisphere Festival
Sophia, Bulgaria é o local privilegiado com a filmagem do show mais aguardado da vida dos fãs de thrash metal. Sim senhor, algo epicamente "duka" aconteceu nessa cidade. Algo que de verdade nunca tinha pensado que pudesse ocorrer. A festa foi tanta que cheguei a repetir as TV parties da minha adolescência para curtir o DVD como se deve. Depois de assistir contadas 7 vezes e ter decorado o show inteiro, só consegui chegar a uma conclusão: Metal é uma coisa muito foda.
Num show em que o clima variou do ensolarado a tempestades em muitos momentos, os búlgaros tiveram a chance de ouvir os maiores clássicos das mais épicas bandas do thrash metal. Sem miséria, os repertórios das bandas foram escolhidos de forma que as bandas tiveram um nivelamento de qualidade impressionante. Exceto o Metallica na minha opinião, que apostou no show padrão que eles tem feito na maioria das turnês.
O DVD começa com o Anthrax iniciando os trabalhos. A banda dos carcamanos Joey Belladona, Frank Bello e Scott Ian não decepciona, e na minha opinião fazem um show impecável. Os caras me fizeram lembrar de como Anthrax é bom. Clássicos sensacionais como Indians, Madhouse, I Am the Law e Only agitam a galera, e ainda há espaço para uma homenagem ao DIO muito pertinente digamos de passagem, com Beladonna mandando um Heaven and Hell ultra-esforçado mas muito honroso.
Logo após vem Megadeth com Dave Mustaine debaixo de uma tempestade mandando um "Here we go", e mandando uma seqüência matadora sem dó nem piedade de Holy Wars, Hangar 18, Headcrusher e Sweating Bullets. Choveu muito mas é impressionante ver a platéia extasiada com as melhores do Megadeth. Só não posso dizer que foi impecável pois Trust e A Tout Le Monde não me atraem muito. Opinião pessoal e que pra muitos não se aplica. Detalhes bacanas são a volta de Dave Ellefson e a segura perfomance de Chris Broderick na guitarra solo. Mesmo assim a minha apresentação favorita do DVD.
Com camisa da seleção chilena vem ao palco Tom Araya com um furioso Slayer. Kerry King (que quase tocou no Megadeth - li recentemente a respeito e fiquei surpreso) com seu cavanhaque gigante, capricha nos solos gritados e ajuda a fazer um show que é brutalidade pura. War Ensemble, Angel of Death e Rainning Blood que já são do repertório de praxe enfurecem a platéia e, é impressionante ver a quantidade de rodas que abrem-se nesse show. Minha impressão final foi de que o Slayer foi o Slayer de sempre.
Finalizando o show sobe Metallica aos palcos. Abrem abusando do Ride The Lightning, meu álbum favorito o que me fez ter esperanças de um show mais customizado. Mas depois disso não aproveitei muita coisa. Como já disse acima, minha impressão é de um show padrão, e além disso desigual em estrutura. Os caras mandam o telão somente no show deles e fazem aquela apresentação que americano gosta. Fica bem claro nesse show, qual das Big Four financeiramente se deu melhor.
Bottom Line: Big Four é um show imperdível. Evento para comentar a suas gerações. Numa época que julgo pobre em originalidade, o evento é um oásis. Começa a minha torcida particular para a vinda dos caras ao Brasa. Imaginei um Rock n' Rio com Big Four detonando. Seria um evento épico no peso que o primeiro Rock n' Rio teve. Recomendo demais a aquisição do DVD.
Hail To Heavy Crew,
Stein
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