Tenho a impressão de que há um bom tempo o processo de composição de álbuns do Helloween são feito da seguinte maneira: a banda se junta e consegue criar umas 3 ou 4 músicas decentes, e depois pra pode lançar o álbum, resolver completá-lo com um monte de tranqueiras. Essa é a impressão que tenho de “Gambling with the Devil”, “Rabbits Don’t Come Easy”, e “Dark Ride” por exemplo (era Andi Deris). Provavelmente a mudança de formação ao longo do tempo evidencia no mínimo que faltava entrosamento entre os integrantes, e talvez por isso, só conseguimos encontrar uma ou outra boa música nestes discos.
Acontece que em 7 Sinners a coisa melhora um pouco. Apesar de ter um monte de faixas “descartáveis”, a expertise da banda como embaixadores do power metal se faz presente neste álbum. Diferentemente de outros álbuns, pelo menos não notei grandes exercícios virtuosos dos integrantes, o que me surpreendeu positivamente. Na verdade, senti isso apenas na última música e achei que mandaram muito bem.
Na minha opinião, o disco começa mal, com uma música beeem enjoativa (“Where the Sinners Go”), mas depois vai melhorando. Grande destaque para “Raise the Noise” (a minha preferida do álbum) que contempla até um solo de flauta. Para os que gostam de happy metal, basta escutar a faixa seguinte “World of Fantasy”. Particularmente, não gosto muito deste tipo de música, me lembra a fase mega-feliz de Edguy. Na sequência, tem a semi-balada “The Smile of the Sun” que até é legalzinha, mostra que Andi Deris ainda consegue gritar pra lá e pra cá, e em seguida a interessante “You stupid Mankind”. Riff pesado, simples, solos imperceptíveis, quem dá o tom da música é o próprio Andi Deris. Curti paca. Destaco ainda a próxima faixa “If a Mountain Could Talk”, e “The Sage, The Fool, The Sinner”, sendo que ouvi muitos dizerem que esta última é a melhor do álbum. Eu achei muito alegre, refrão muito pegajoso, mas não deixa de ser uma boa música. Depois desta vem mais 3 músicas, na verdade 2 porque uma delas é uma oração que nem ouvi direito. O disco fecha muito bem com “Far in the Future”, de quase 8min de duração. Riff pesado, nervoso, Andi Deris cantando bravo. Mas o que vale muito a pena nesta música é o solo, matando a saudade de qquer fã de power.
Bottom line: A qualidade técnica dos músicos liderados por Michael Weikath e Markus Grosskopf é realmente muito difícil de se questionar. Andi Deris em ótima forma, Dani Loble não deixando a desejar em nada (quando penso em bateria me vem a cabeça a entrada matadora de “Sole Survirvor”) com relação a Uli Kusch. Espero ver a tríade power metal Helloween-Stratovarius-Angra em 2011!
Nota: 8 caveiras
PowerED
Helloween rlz!
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