quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Review - James LaBrie Static Impulse


Acredito que este seja o 2º disco solo de James LaBrie (sem contar o Mullmuzzler). Naturalmente, meu interesse neste disco é pelo fato de ser fã de Dream Theater, e de admirar a qualidade técnica de seus integrantes. Bom, pra quem espera algo parecido com DT, esqueça. Tanto o primeiro disco como este aqui tem muito pouco da complexidade de DT. Pra ser sincero, esperava um disco simples, com melodias simples, sem virtuoses de duelos guitarra-teclado, ou 10 compassos de solo impossível de baixo, ou ainda uma bateria de escola de samba consolidada em um set só.

Justamente pela simplicidade das músicas, o disco é interessante. Tão como o disco solo anterior de James LaBrie, Static Impulse mostra que sim, o DT tem a capacidade de compor músicas simples e agradáveis. Nada de músicas de 8952964 horas, ou coisas do tipo (não que eu ache ruim). O disco até tem vários solos interessantes, muito bem executados, mas o forte mesmo são as melodias que a banda conseguiu criar. Enfim, não vou entrar no mérito desta discussão.

No contexto do novo heavy metal que vem sendo tocado por aí (não vou chamar de nu-metal, ou qquer outra coisa), ao apertar play, o ouvinte provavelmente ficará assustado ao se deparar com um vocal gutural, nervoso, coisa de gente que tá de mal com a vida. Segundo o encarte do disco, quem faz o backing vocal é o Matt Guillory (Dali’s Dilemma, amiguinho do James LaBrie, e co-produtor do álbum). A tônica do álbum é essa, backing vocal gutural blended com a voz de James. Achei o resultado muito bom! Sei que tem muita banda nova que toca dessa maneira, mas não me consigo me lembrar dos nomes das bandas. No geral, curti bastante este álbum, sendo que destaco “Jekyll or Hyde”, “Over the Edge”, “I Need You”, “I Tried”, “This is War” (me lembra música agitada de videogame) e a última, “Coming Home” (parecida com uma balada do primeiro álbum, “Elements of Persuation”, muito boa por sinal, bem como este disco).

Bottom line: Particularmente, eu gostei bastante deste disco, é diferente do que estou acostumado a ouvir. Uma ótima renovação pra quem está bitolado em DT, é legal pensar que os integrantes são versáteis o bastante para criar coisas diferentes, de qualidade e acima de tudo, muito agradáveis. Apesar de não achar que o álbum tenha um hit, o tempo passa agradavelmente rápido ao se ouvir este cd.

Nota: 7 caveiras (porque não tem nenhum hit, se tivesse, a nota seria maior)

Ed

Last post de 2010. Logo em breve já tenho mais um review engatado... 
Desejo a todos Feliz Ano Novo e toda aquelas mensagens de blablabla! Boas Festas!
Hail Heavy Camerata! 

Review - Helloween 7 Sinners

Tenho a impressão de que há um bom tempo o processo de composição de álbuns do Helloween são feito da seguinte maneira: a banda se junta e consegue criar umas 3 ou 4 músicas decentes, e depois pra pode lançar o álbum, resolver completá-lo com um monte de tranqueiras. Essa é a impressão que tenho de “Gambling with the Devil”, “Rabbits Don’t Come Easy”, e “Dark Ride” por exemplo (era Andi Deris). Provavelmente a mudança de formação ao longo do tempo evidencia no mínimo que faltava entrosamento entre os integrantes, e talvez por isso, só conseguimos encontrar uma ou outra boa música nestes discos.

Acontece que em 7 Sinners a coisa melhora um pouco. Apesar de ter um monte de faixas “descartáveis”, a expertise da banda como embaixadores do power metal se faz presente neste álbum. Diferentemente de outros álbuns, pelo menos não notei grandes exercícios virtuosos dos integrantes, o que me surpreendeu positivamente. Na verdade, senti isso apenas na última música e achei que mandaram muito bem.

Na minha opinião, o disco começa mal, com uma música beeem enjoativa (“Where the Sinners Go”), mas depois vai melhorando. Grande destaque para “Raise the Noise” (a minha preferida do álbum) que contempla até um solo de flauta. Para os que gostam de happy metal, basta escutar a faixa seguinte “World of Fantasy”. Particularmente, não gosto muito deste tipo de música, me lembra a fase mega-feliz de Edguy. Na sequência, tem a semi-balada “The Smile of the Sun” que até é legalzinha, mostra que Andi Deris ainda consegue gritar pra lá e pra cá, e em seguida a interessante “You stupid Mankind”. Riff pesado, simples, solos imperceptíveis, quem dá o tom da música é o próprio Andi Deris. Curti paca. Destaco ainda a próxima faixa “If a Mountain Could Talk”, e “The Sage, The Fool, The Sinner”, sendo que ouvi muitos dizerem que esta última é a melhor do álbum. Eu achei muito alegre, refrão muito pegajoso, mas não deixa de ser uma boa música. Depois desta vem mais 3 músicas, na verdade 2 porque uma delas é uma oração que nem ouvi direito. O disco fecha muito bem com “Far in the Future”, de quase 8min de duração. Riff pesado, nervoso, Andi Deris cantando bravo. Mas o que vale muito a pena nesta música é o solo, matando a saudade de qquer fã de power.

Bottom line: A qualidade técnica dos músicos liderados por Michael Weikath e Markus Grosskopf é realmente muito difícil de se questionar. Andi Deris em ótima forma, Dani Loble não deixando a desejar em nada (quando penso em bateria me vem a cabeça a entrada matadora de “Sole Survirvor”) com relação a Uli Kusch. Espero ver a tríade power metal Helloween-Stratovarius-Angra em 2011!

Nota: 8 caveiras

PowerED

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Dir En Grey: Obscure



Holy crazy sick-sick-sicko mthfocka!!!

Ia postar 2 reviews de cds, mas resolvi dar uma olhada na recomendação do amigo Saci-Gus. Durante o trampo, ele simplesmente recomenda assistir a um video no YouTube. Eis que lá vejo o tal do clipe "Obscure" (uncensored version) do Dir En Grey.


Rapaiz do céu... Tirou a vontade de escrever qquer outra coisa. Meus comments a respeito dos reviews que ia fazer ficaram contaminados depois de ver tamanha perversão mental... Toninho do Diabo ia chorar depois de ver esse video.

E eu que ingenuamente achava que o Dir En Grey era apenas uma happy banda visual key....
Anyway, sem mais.

Hedge-gar

sábado, 25 de dezembro de 2010

Review: Big Four Sonisphere Festival



Sophia, Bulgaria é o local privilegiado com a filmagem do show mais aguardado da vida dos fãs de thrash metal. Sim senhor, algo epicamente "duka" aconteceu nessa cidade. Algo que de verdade nunca tinha pensado que pudesse ocorrer. A festa foi tanta que cheguei a repetir as TV parties da minha adolescência para curtir o DVD como se deve. Depois de assistir contadas 7 vezes e ter decorado o show inteiro, só consegui chegar a uma conclusão: Metal é uma coisa muito foda.


Num show em que o clima variou do ensolarado a tempestades em muitos momentos, os búlgaros tiveram a chance de ouvir os maiores clássicos das mais épicas bandas do thrash metal. Sem miséria, os repertórios das bandas foram escolhidos de forma que as bandas tiveram um nivelamento de qualidade impressionante. Exceto o Metallica na minha opinião, que apostou no show padrão que eles tem feito na maioria das turnês.


O DVD começa com o Anthrax iniciando os trabalhos. A banda dos carcamanos Joey Belladona, Frank Bello e Scott Ian não decepciona, e na minha opinião fazem um show impecável. Os caras me fizeram lembrar de como Anthrax é bom. Clássicos sensacionais como Indians, Madhouse, I Am the Law e Only agitam a galera, e ainda há espaço para uma homenagem ao DIO muito pertinente digamos de passagem, com Beladonna mandando um Heaven and Hell ultra-esforçado mas muito honroso.


Logo após vem Megadeth com Dave Mustaine debaixo de uma tempestade mandando um "Here we go", e mandando uma seqüência matadora sem dó nem piedade de Holy Wars, Hangar 18, Headcrusher e Sweating Bullets. Choveu muito mas é impressionante ver a platéia extasiada com as melhores do Megadeth. Só não posso dizer que foi impecável pois Trust e A Tout Le Monde não me atraem muito. Opinião pessoal e que pra muitos não se aplica. Detalhes bacanas são a volta de Dave Ellefson e a segura perfomance de Chris Broderick na guitarra solo. Mesmo assim a minha apresentação favorita do DVD.


Com camisa da seleção chilena vem ao palco Tom Araya com um furioso Slayer. Kerry King (que quase tocou no Megadeth - li recentemente a respeito e fiquei surpreso) com seu cavanhaque gigante, capricha nos solos gritados e ajuda a fazer um show que é brutalidade pura. War Ensemble, Angel of Death e Rainning Blood que já são do repertório de praxe enfurecem a platéia e, é impressionante ver a quantidade de rodas que abrem-se nesse show. Minha impressão final foi de que o Slayer foi o Slayer de sempre. 


Finalizando o show sobe Metallica aos palcos. Abrem abusando do Ride The Lightning, meu álbum favorito o que me fez ter esperanças de um show mais customizado. Mas depois disso não aproveitei muita coisa. Como já disse acima, minha impressão é de um show padrão, e além disso desigual em estrutura. Os caras mandam o telão somente no show deles e fazem aquela apresentação que americano gosta. Fica bem claro nesse show, qual das Big Four financeiramente se deu melhor.


Bottom Line: Big Four é um show imperdível. Evento para comentar a suas gerações. Numa época que julgo pobre em originalidade, o evento é um oásis. Começa a minha torcida particular para a vinda dos caras ao Brasa. Imaginei um Rock n' Rio com Big Four detonando. Seria um evento épico no peso que o primeiro Rock n' Rio teve. Recomendo demais a aquisição do DVD.


Hail To Heavy Crew,
Stein

domingo, 12 de dezembro de 2010

Top 10 Vocalistas Sortudos



Depois de um longo inverno estou voltando as postagens com uma lista entre as favoritas das discussões de boteco: vocalistas sortudos pela oportunidade de tocarem com grandes guitarristas. Tá bom... Esse tópico não é tão trivial assim mas de qualquer forma é interessante e gera boa discussão.
Esse é um assunto que acaba sempre naquela velha discussão de valores de músicos e das bandas ideais, mas 90% das discussões acabam nisso mesmo então está valendo. 
Para fazer uma classificação desse tipo entendo que temos que estabelecer um método. Devido a isso decidi separar os avaliados em dois grupos: os que merecem e os que não merecem a qualidade de grandes guitarristas. O ranking será medido pela quantidade de guitarristas importantes que o vocalista teve trabalho. Bom vamos lá:


10 - Blaze Bailey - Categoria Não merece
Guitarristas: Iron Crew
Apesar de não considerar o Iron uma banda de exímios guitarristas, o Blaze teve muita sorte por ter caído nas graças de Sir Steve Harris. Vocalista de qualidade duvidosa, tem feito uma porrada de shows no país porém sem expressão.



9 - Tony Martin - Categoria Não merece
Guitarristas: Iommi
Esse eu acho que cai na mesma situação do Blaze Bailey, porém por ter cantado no Black Sabbath ( featuring Tony Iommi... lembram da mala que o Iommi metia nos CDs? ) vou classificá-lo melhor. Headless Cross foi a única que valeu nessa fase.


8 - Tim "Ripper" Owens - Categoria Merece
Guitarristas: Judas Crew e Malmsteen
Ripper Owens motivou até filme sobre a sua biografia. Esse é um cara que podemos classificar como cagado ( categoria acima de sortudo ). O cara era fã do Judas e foi escalado pra substituir nada mais nada menos que Rob Halford e, hoje empresta sua voz pro Malmsteen em final de carreira. Nunca vi um show com o cara mas deve ser um bom frontman, a julgar pelos ao vivo do Judas.


7 - Glenn Hughes - Categoria Merece
Guitarristas: Blackmore e Tommy Bolin
Sensacional vocalista fez parte de uma fase muito boa do Purple. Ótimo baixista e vocalista de voz poderosa, deu potência a composições como as inesquecíveis Burn e Stormbringer. Gerou um baita ciúme em Coverdale até que o mesmo pediu a conta.


6 - John Lynn Turner - Categoria Merece
Guitarristas: Malmsteen e Blackmore
Um dos meus favoritos. Empregou a magnífica voz em clássicos como: Street of Dreams, Rising Force e The Cut Runs Deep. Simplesmente tem em seu currículo Rainbow, Malmsteen e Purple. Acho que o currículo fala tudo.


5 - Jeff Scott Soto - Categoria Merece
Guitarristas: Malmsteen e Vai
Sou fã do Soto e o seu Talisman. É um vocalista com um timbre característico de Hard Rock, com voz limpa, melódica e poderosa. I'll be waiting e Never Die mostram porque o cara merece bons guitarristas ao seu lado.


4 - Ozzy Osbourne - Categoria Merece ( com ressalvas )
Guitarristas: Iommi e Rhoads
Inegável que Ozzy é mito. A voz insana e malignamente inconfundível do Madman criou tudo o que se pode falar em Heavy Metal. A ressalva vai por conta da qualidade do vocal de Ozzy em muitos momentos de sua carreira. Porém sem Ozzy esse blog não existiria.


3 - Ronnie James Dio - Categoria Merece ( e muito! )
Guitarristas: Blackmore e Iommi
O maior vocalista de Heavy Metal de todos os tempos. Digo sempre que não haverá outro igual. Stargazer, TV Crimes, Man on the Silver Mountain, Heaven and Hell... Posso passar a tarde inteira citando grandes músicas com a voz do Dio. Não dá pra acreditar que o homem se foi.


2 - Ian Gillan - Categoria Merece
Guitarristas: Blackmore, Iommi e Morse
Nesse caso o merecimento se inverte. Tocar com Gillan é aquele momento que o guitarrista olha pro palco e diz pra si mesmo: "Venci na vida". Teve ainda uma interessante carreira solo. Destaque para Gutter Reaction que é a minha favorita dessa fase.


1 - David Coverdale - Categoria Merece ( pelo passado )
Guitarristas: Blackmore, Vai, Jimmy Paige, John Sykes
Nosso campeão na lista, Coverdale é o vocalista que ainda persiste no estigma de sex symbol das menininhas apesar dos 78 anos ( não sei ao certo mas deve estar próximo ). O cara teve sua fase áurea até os primórdios do Whitesnake, mas a insistência em cirurgias pra prolongar a carreira mostra que já é hora de parar. Participou de ótimas composições do gênero e é inegável que é uma das vozes do Rock.


É isso. Espero voltar logo com o review do show do Big Four em Sophia. Adianto que é sensacional!


Hail To Heavy Crew,
Stein

domingo, 31 de outubro de 2010

Review - Korzus Discipline of Hate

Lá pela metade dos anos 90 durante minhas andanças pela galeria do rock, com um punhado das novas moedas brasileiras, procurando novos sons de metal e boas ofertas em camisetas de bandas, tive a grata surpresa de descobrir o Korzus com uma cópia em cassete Basf do Mass Illusion. Gostei do som e coloquei na minha lista de observação de bons representantes nacionais do metal. Fiquei sabendo também que "aquele baixinho que tá passando ali na frente é o Pompeu vocalista do Korzus", e que "brother, os caras já tem 10 anos de estrada, bacana não?". Essas eram as tardes de galeria. Bons tempos.


Os anos se passaram, a formação mudou algumas vezes, os caras tocaram no Monsters ao lado de nada menos que Slayer e Megadeth e de repente não tive mais nenhuma notícia dos caras a não ser quando o Golfetti jogava no Rock Gol da MTV. Quando vi em uma loja especializada o Dicipline of Hate vieram todas as lembranças descritas acima como um turbilhão e fiquei feliz por os caras terem lançado um novo trabalho. Só que o nó cego aqui foi perguntar sobre o "novo álbum" dos caras e, tomou uma na testa quando o vendedor informa que eles já haviam lançado o Ties of Blood em 2004 e que o Discipline não é o novo trabalho. Depois disso fiquei achando que a falta de notícias foi mais um descuido meu, então decidi que Ties of Blood será o próximo disco a ser ouvido (e já me disseram que é muito bom).


Deixando a nostalgia e os micos de lado, achei o Discipline of Hate um álbum excelente e de muito bom gosto. Guitarras ferozes a la Bay-Area com excelentes riffs, bateria agressiva sem exageros e um bumbo duplo excelente, tempo muito bem cadenciado e além do bom vocal do Pompeu. Um trabalho de estúdio muito bem feito. Sinceramente me impressionei bastante com o álbum a ponto de gostar da maioria das faixas mas recomendo a faixa homônima Discipline of Hate, Truth (que deve ser a faixa de trabalho dos caras - clipe disponível no Youtube), Raise your Soul e Hipocrisia. Aliás o set list em português e inglês é outro fator que me agrada no Korzus, e na minha opinião demonstra criatividade e coragem já que poucos o fazem. 


O álbum me entusiasmou tanto que resolvi dar uma sapeada nos review de nossos concorrentes gringos. De três reviews que li, dois falavam bem sendo que um achava que esse era o álbum debut da banda. O review negativo colocava a banda como sendo uma apropriação de sons do Exodus, Machine Head e Sepultura. Eu simplesmente não entendo o que os gringos esperam ao ouvir uma banda nacional de thrash metal. Acho que esperam um novo fenômeno como o Sepultura a cada banda brasileira que ouvem, e ignoram as dificuldades de massificação e financiamento do gênero em terras brasilis.  


Espero ter uma surpresa mais agradável ainda com o Ties of Blood mas acho difícil. Estou certo em dizer que colocaria o álbum entre as 3 melhores surpresas do ano. Se hoje voltasse às minhas andanças na galeria e encontrasse novamente um dos integrantes da banda diria um grande obrigado pelos serviços prestados.


Hail to Heavy Crew, 
Stein

sábado, 23 de outubro de 2010

Review Show - Rush Time Machine


Enfim posso tirar o Rush da lista de shows imperdíveis que me faltam antes de passar dessa pra uma melhor. A turnê do Rush in Rio passou por terras brasilis e passei em branco jurando que se houvesse outra oportunidade, lá estaria. Pois bem era chegada a hora.


Para uma véspera de feriado esperava muito mais transtorno para chegar ao estádio do Morumbi, cuja localização não é nada favorável em termos de transporte. Devido a essa expectativa, tenho que fazer uma menção honrosa ao serviço de translado que saiu do WTC pois, cheguei no horário e sem contratempos ao estádio. Ingresso na mão, cerveja gelada... vamos ao show.


Entre outras coisas boas que percebi durante um mês de intercâmbio por terras canadesas foi a pontualidade e qualidade dos serviços prestados. O Rush manteve minha percepção positiva fazendo um show de qualidade iniciado pontualmente às 21:30 hrs. O estádio não estava cheio como na edição anterior. Li depois que somente 38 mil pessoas contemplaram a apresentação da banda. Uma pena de fato. 


Um filme bem humorado de introdução da turnê mostrava a banda às voltas com uma máquina do tempo. Durante a execução do vídeo lembrei do seriado Voyage, seriado cujos protagonistas viajavam no tempo que passava no SBT nos domingos, antes do Macgyver que passava na Globo (seriado esse com trilha sonora dos véinhos em questão). 


Como esperado, o show é iniciado com The Spirit of Radio muito bem executada e seguida da bela Time Stand Still. Com desafinação insignificante na voz de Geddy Lee, seguem-se Presto e Stick It Out, esta última umas das mais esperadas por mim no show. O som estava cristalino e perfeitamente audível o que vem de encontro a fama da banda em prezar pela qualidade impecável para deleite dos fãs. Seguiu-se o pacote de músicas novas, quando entram Freewill, Marathon e a introdução inconfundível de Subdvisions. Que bela música é Subdivisions ainda mais ao vivo. Após isso, anunciou-se uma pausa para a idade avançada da banda.


Eis que então seguiu-se na volta um delírio sonoro do trintagenário Moving Pictures: Tom Sawyer com a clássica virada de bateria de Neil Peart, Red Barchetta, Limelight, The Camera Eye, Witch Hunt, Vital Signs e YYZ. Quando o show havia chegado em Limelight, me dei por satisfeito e entendi que os insultos que recebi por não ter comparecido na edição anterior eram totalmente merecidos. Dali em diante parceiro, tudo que viesse era bônus. Mas aí Neil Peart manda um solo de bateria que me fez refletir e agradecer por estar vivo e presenciar aquilo. Sempre sério e impecável o cara solou por 8 minutos... 8 minutos! Cara, quanta coisa ruim pode acontecer em 8 minutos, e o cara pintou esse tempo de ouro. Sem palavras para descrever Neil Peart. 


A viagem terminou com as grandes La Villa Stragiato e Working Man depois de ter passado por Temple of Syrix e Closer to the Heart. Confesso que não gosto muito de Closer to the Heart. Respeito quem goste e o efeito que gera na galera mas a trocaria por Red Sector A. Bom fim de show com direito a mais um vídeo cômico e a sensação de dever cumprido. Extasiado nem percebi que tinha perdido minha carteira de motorista. Transtorno? Nada... as 3 horas de show do Rush na memória compensam fácil até 1 mês de fila do Poupatempo.  


Hail to Heavy Crew,
Stein
 

Set List
Primeira Parte
1.    The Spirit Of Radio
2.    Time Stand Still
3.    Presto
4.    Stick It Out
5.    Workin' Them Angels
6.    Leave That Thing Alone
7.    Faithless
8.    BU2B
9.    Freewill
10.    Marathon
11.    Subdivisions

Segunda Parte
12.    Tom Sawyer
13.    Red Barchetta
14.    YYZ
15.    Limelight
16.    The Camera Eye
17.    Witch Hunt
18.    Vital Signs
19.    Caravan
20.    Drum Solo
21.    Closer To The Heart
22.    2112 Part I: Overture
23.    2112 Part II: The Temples Of Syrinx
24.    Far Cry

Bis
25.    La Villa Strangiato
26.    Working Man

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Review - Angra Aqua

Sou suspeito para escrever um review de Angra, uma vez que trata-se de uma das minhas bandas favoritas. A qualidade dos integrantes é inquestionável, a técnica, harmonia, virtuose, enfim, todas os aspectos que determinam uma banda diferenciada, o Angra possui. E de fato, eles são diferenciados dentro do cenário Power Metal mundial.

Não levantarei as comparações infames entre integrantes e ex-integrantes. Como de habitual, sempre têm viúvas de Andre Matos/Luis Mariutti, assim como deve ter viúvas de Aquiles Priester. Em dia talvez eu inicie uma discussão sobre isso. Do tipo, qual a melhor formação do Deep Purple. Mas isso fica pra outro dia.

O assunto aqui é Aqua. Eu ouvi, ouvi e ouvi este disco um montão de vezes, e não consegui gostar dele. Vi que boa parte das críticas são positivas a respeito de Aqua, porém, talvez pelo fato de eu ser fã da banda, esperava mais. Ainda mais, num contexto em que ficaram um tempo parado, fiquei ainda mais ansioso. E nessa época, todas as notícias ficavam falando no hiato do Angra, hiato pra cá, hiato pra lá, hiato, hiato. Palavra feia da poha...
Enfim, o disco não chega no nível de Temple of Shadows ou Rebirth. Notem que estou comparando com a fase Edu. Tudo bem que Temple of Shadows é imbatível (o meu favorito).  O que eu não curti do Aqua é que, na minha impressão, os riff, refrão e solo das músicas não se complementam. Por exemplo, em Weakness of a Man: é uma música sensacional! Até chegar o refrão....  parece que a música se perde. Pra mim, o refrão não tem muito a ver com a música.... Outro exemplo: Awake from Darkness. De novo, o início é sensacional, mas daí pra frente é o que escrevi acima... E tem Hollow, que tenho a impressão que acontece a mesma coisa. Os solos presentes nesta música são animais, o trecho do 4º minuto que o Edu faz é mto bom! Mas o refrão...

Na minha opinião, ainda merecem destaque Lease of Life e The Rage of the Waters. Gosto demais da entrada de The Rage... Desta vez, o refrão combina. E é isso. Gosto de álbuns temáticos, mas esse é meio complicado. Consigo ouvir o Temple of Shadows o dia inteiro e não enjoo. Mas o Aqua eu tenho que ou adiantar os trechos das músicas, ou pular as faixas.

Bottom line: consegue ser melhor que Aurora Consergeous e Fireworks, mas não espere por um temático do calibre de Temple of Shadows...

Nota: 5,5 caveiras.
13 de novembro estarei no show! Nos vemos lá!
abs,

Edgar

sábado, 9 de outubro de 2010

Review - Ozzy Osbourne Scream

Apesar de Scream ter sido lançado há alguns meses atrás, resolvi fazer esse review pois acredito que nada é por acaso. Como dito em V for Vendetta: “Não existe coincidência, apenas a ilusão de uma coincidência”. Bonito, não? Frases de efeito a parte, explico o fato gerador dessas linhas que se seguem: recebi uma amostra do álbum produzido pela Sony Music das mãos de um amigo de trabalho que não gosta de rock, e queria dar um melhor destino ao mais novo álbum do velho Madman. Ele disse: "Toma, fica com isso porque essas músicas de doido não são a minha praia". Sorri, agradeci o presente e voltei logo para casa para avaliá-lo.

Confesso que não esperava muita coisa. Pensei num primeiro momento em mais um álbum para cumprir tabela com a gravadora. E estava certo! Após ouvir o decepcionante Black Rain já tinha sacramentado meu julgamento sobre o término da carreira do Ozzy após o lançamento do Ozzmosis. Ainda que considere Ozzmosis um álbum comercial, acredito que ele apresenta músicas mais relevantes do que veio a seguir. É triste dizer, mas devido a isso não criei expectativa em relação a um surto criativo de uma lenda do heavy metal.

Ouvi esse disco diversas vezes tentando eliminar a primeira impressão, mas não tive êxito em avaliá-lo bem. Sem dúvida o instrumental está pesado, porém tenta compensar a falta de criatividade de riffs com uma afinação um tom abaixo. Em termos de letra, a música mais próxima a tentar passar uma mensagem foi a balada Life Won’t Wait, mas mesmo assim não me ganhou. Creio que Diggin’ Me Down é uma música aceitável, longe de ser brilhante que ouviria uma vez mais. O mais engraçado é que muitas vezes ouvindo o disco fazia um exercício lúdico substituindo a voz de Ozzy pela de Rob Zombie e fazia sentido para mim. Ao final da audição, senti saudades do Diary of a Madman e do Blizzard of Ozz.

Digo que escrever um review assim de um ídolo meu é difícil. Às vezes penso que estou pegando muito pesado, mas logo lembro que se trata de uma lenda que tem uma reputação gigantesca a zelar. É aquela velha história, quanto maior a responsabilidade maior o tamanho do fardo que o indivíduo tem de carregar. Sei que as coisas mudam, que não temos mais Randy Rhoads e que Ozzy chama mais atenção de novos fãs com um som mais moderno como em Scream, mas falta de interesse em fazer um trabalho razoável é algo que não posso esperar de um ídolo meu.

Hail to Heavy Crew,
Stein

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

TOP 20 Álbuns Metal

Quantos podem ser os álbuns considerados como influentes em matéria de Heavy Metal na vida de um headbanger? Dez, Vinte, Trinta? Difícil dizer... quando você acha que fechou a lista surge outro. Sem falar quando você é remetido à aquela lembrança dos primórdios... sim, os discos com ligação sentimental... pode ter sido o pior trabalho daquela banda mas foi o seu primeiro disco de Metal... aí a quantidade de discos triplica e você não chega a uma lista... MAS nossos eruditos estão aqui pra quebrar barreiras e ser vanguarda... lista polêmica porém muito divertida de ser feita, ainda mais numa quinta-feira de molho com o pé zoado. 
  1. Black Sabbath - Black Sabbath
  2. Rust in Peace - Megadeth
  3. Ride the Lightining - Metallica
  4. Painkiller - Judas Priest
  5. Long Live Rock n´Roll - Rainbow
  6. Dehumanizer - Black Sabbath
  7. Iron Fist - Motorhead
  8. And Justice for All - Metallica
  9. Chaos AD - Sepultura
  10. Reign in Blood - Slayer
  11. Melissa - Mercyful Fate
  12. Among the Living - Anthrax
  13. Piece of Mind - Iron Maiden
  14. Operation Mindcrime - Qüeensryche
  15. Restless and Wild - Accept
  16. Keeper of the Seven Keys - Helloween
  17. Cowboys from Hell - Pantera
  18. Practice What You Preach - Testament
  19. Holy Diver - DIO
  20. Crusader - Saxon 
Lista bem particular. Ansioso pro show do Rush! Haverá review! 

Hail to Heavy Crew,
Stein

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Review- Avenged Sevenfold Nightmare

Confesso que comprei este disco apenas para tentar entender por que alguém sairia de uma banda do calibre de Dream Theater. Ainda por cima em se tratando de um dos fundadores do grupo. Não é minha intenção aqui discutir os motivos da saída do cara, e etc e tals. O cara saiu e pronto, a vida continua. Vamos ao que interessa: Nightmare!

Não fosse pela ilustre presença de Mike Portnoy neste disco, certamente nunca pensaria em comprar este álbum. Acontece que pelos motivos errados, acabei comprando este disco. Felizmente! A primeira faixa  (música título do álbum) começa com uma música de ninar e em seguida as pauladas da bateria de Mike Portnoy já indica que o disco promete. Apesar da pegada da música ter um quê de comercial, é um bom som. 

As faixas na seqüência apresentam agressividade marcante, riffs marcantes e solos muito bem executados. Welcome to the Family e Danger Line apresentam um som bem cadenciado, pesadinho,  porém com um refrão um tanto quanto comercial, mas bastante interessante. Depois vem Buried Alive, que começa bem de leve, mas no final surge um riff que fica martelando (positivamente) na cabeça por um bom tempo. E finalmente chega a faixa 5. Natural Born Killer. PQP!!!! Nervosíssima essa música! Vale o disco! Aliás, não sei se tem a ver com o filme homônimo. Acho o filme ótimo (na minha opinião, a melhor atuação de Robert Downey Jr.) não por acaso, a música tbem apavora. A entrada destruidora de bateria impressiona.

Daí pra frente, ainda destaco a pesada God Hates Us. Os caras de fato estão revoltados nesta música. Pra compensar, as músicas seguintes Victim e Tonight the World Dies parece que o cara está choramingando por causa de alguma coisa, fazendo manha, com dor de corno. Mas mostra a versatilidade do bom vocalista da banda, além da própria banda que prova que sabe fazer um bom acústico tbem.

Ainda estou me acostumando a ouvir este new metal, metal core, ou sei lá como o povo chama. Na minha opinião, sinto que esse Avenged Sevenfold  é um misto das melhores coisas dessas bandas novas que andam surgindo desde os anos 2000. 

Bottom line: Ótimo disco, ótima banda! Altamente recomendado. Ouvir sem preconceitos. Definitivamente despertou-me o interesse de ouvir outros trabalhos da banda.
Ponto negativo do disco: a faixa 10. Horrorosa, o disco perde pontos por causa dela.
Nota: 8,5 caveiras. 


Abs,
Hedge Glê

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Saludos e uma listinha rápida!

Apesar da demora, finalmente meu primeiro post! o stein deu uma bela avacalhada quando colocou nu-metal nas minhas preferências, mas ok, sem preconceitos. Na verdade eu curto metal independente do estilo... alguns estilos mais outros menos, e assim caminha a humanidade.


apreveitando a lista do Stein, vou colocar minhas 10 músicas prediletas de cada um dos big four:


Slayer (lista mais difícil... provavelmente mudaria essa lista diariamente do 5 para baixo):
1) Angel of Death
2) Raining Blood
3) Dead Skin Mask
4) South of Heaven
5) Hell Awaits
6) Dittohead
7) 213
8) Die by the Sword
9) Gemini
10) Black Magic


Anthrax:
1) Indians
2) AIR
3) NFL
4) Madhouse
5) Among the Living
6) Be All End All
7) Belly of the Beast
8) 1000 Points of Hate
9) Only
10) Metal Thrashing Mad


Megadeth:
1) Holy Wars
2) Tornado of Souls
3) In my Darkest Hour
4) Hangar 18
5) Peace Sells
6) Dread and the Fugitive Mind
7) Sweting Bullets
8) This Was my Life
9) The Mechanix/The Four Horsemen
10) The Killing Road


Metallica:
1) The Four Horsemen
2) Pulling Teeth
3) Dyers Eve
4) Masters of Puppets
5) Welcome Home - Sanitarium
6) Creeping Death
7) Orion
8) Motorbreath
9) Frayed ends of Sanity
10) Harvester of Sorrow


bom, é isso! até a próxima, com um review do novo album do Sigh.


Saludos,
Gus

sábado, 25 de setembro de 2010

Review - Accept Blood of Nations


Geralmente quando ocorrem situações de sucessão de vocalistas em grandes bandas ou técnicos do meu time de coração, penso em padrões de situações passadas. Por exemplo, quando eu ouvi sobre a volta do Accept sem Udo, sem pestanejar aliei a situação ao padrão situacional “a perda da essência do fundador”, acontecida no episódio 1 da saga tretas Sepultura. “Accept sem Udo é Sepultura sem Max” pensei.

Após ouvir Blood of Nations meu pensamento é “não é bem assim”. A perda da essência nesse caso é compensada pela boa surpresa que se chama Mark Tornillo. Honestamente nunca ouvi o trabalho do TT Quick, banda original de Tornillo e acho que deveria me aprofundar nas origens do vocalista. Apesar de em algumas músicas ter a impressão de estar ouvindo Andi Deris (Helloween e Pink Cream 69) e gostar muito do nosso estimado ex-vocalista, tenho que reconhecer que Tornillo possui um vocal versátil e oferece mais possibilidades que o vocal de Udo.

O álbum passou no teste de qualidade de speed metal e power metal com louvor. Blood of Nations está furioso com riffs rápidos e pesados, aliados a uma linha rítmica marcante e um vocal convincente. Destaques para Blood of the Nations, Teutonic Terror e Beat the Bastards. Além disso, a banda teve o cuidado em manter elementos característicos para que os fãs antigos não estranhem: os backing vocals no estilo épico que convidam o acompanhamento do público (bem legal), e o mal-gosto para capas de disco (não tão legal – chega a ser hilário). O que tentou se passar com essa capa ridícula é um mistério.


Boas perspectivas para a nova fase da banda. Fiquei curioso para ouvir como ficarão as músicas clássicas do Accept nessa nova fase. 


Hail to Heavy Crew,
Stein 

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Review – Blind Guardian At the Edge of Time

Por mais que você goste de uma banda dificilmente ela irá lhe agradar em todas as suas fases. É simplesmente impossível seguir uma qualidade seqüencial de Master of Puppets/Ride The Lightining/... And Justice for All (só pra citar um exemplo conhecido) por muito tempo. É quase que óbvio que num desses trabalhos ou num trabalho subseqüente, a banda irá perder num dos seguintes itens senão todos: punch, qualidade de som, bom-gosto, produção do álbum... etc, etc, etc.

Fiquei curioso em fazer um review da banda de Hansi Kürsch, primeiro porque não sou um ouvinte assíduo do gênero e segundo porque a seqüência dos dois últimos álbuns (A Twist in the Myth e A Night at the Opera) denotou a queda da qualidade citada acima. Lembrando que não ser ouvinte assíduo não significa não conhecer o trabalho da banda.

Minha impressão sobre At the Edge of Time, ficou em como o Guardian of the Blind se esforçou em fazer um álbum que soasse interessante tanto aos fãs quanto aos ouvintes ocasionais. Lembrou-me da primeira vez que ouvi Nightfall in Middle Earth e me surpreendi com a mistura de elementos medievais, músicas épicas, ótimos vocais e riffs bem estruturados. Minhas preferências no álbum ficaram com Sacred World (muito bem escolhida como abertura), Ride into Obsession (aqui eles atestam o estilo Blind Guardian com vocal e estrutura marcantes... me lembrou da Imaginations) e War of the Thrones (essa deixaria o projeto Blackmore’s Night com uma ponta de inveja pelo acerto no lirismo medieval). Porém nenhuma das demais músicas deixaram a bola cair e atestam uma média de qualidade bem superior aos dois últimos trabalhos da banda.

Resumo da história: álbum que agrada, bota o Guardião de volta a cena com qualidade dos seus grandes álbuns e vai garantir com certeza novo adepto num possível show aqui em Terras Brasilis.

Hail to our Heavy Crew,
Stein